Wednesday, January 04, 2006

A Procura...

Nao quero ler poesia vazia nem palavras complicadas, nao quero decifrar charadas razas e textos construidos com mais sofitiscacao e menos sentido. Nao quero provas de que sabes escrever, nem de seu vasto vocabulario que mal sabes empregar. Nao quero artigos diarios que imediatamente esqueco jah ter lido, nao quero letrinhas e mais letrinhas exaurindo minha vista jah pra lah de cansada.

Continuo eu a procurar. Tantos nomes e links e referencias me levaram a retalhinhos do que anseio. Tantos sites, bibliotecas, livros, amigos, tantas diferentes fontes de pesquisa que revirei e no final me deixaram aqui calada, com um resquicio de boa leitura adocicando minha boca de leitora orfa.

A mim sobra sempre uma certa frustracao motivada pelo saber de que tantos textos flutuam nesse mundo de codigos, linguas, bibliotecas, que tantos autores com seus artigos e colunas, navegam incognitos para mim, e quanto mais os descubro, mais escritores brotam em meu solo.

Sempre que termino uma boa leitura nasce uma angustia imediata, uma necessidade ansiosa e ateh um pouco neurotica de encontrar aquele texto exato que sacia a sede, meio que uma frustracao saudavel que involuntariamente me inspira a construir sequencias de palavras cheias do meu sentido e me motiva a achar novas fontes. Nao adianta empilhar livros, nem premeditar o proximo a ser lido, nao para mim, a cada texto findado nasce em mim um novo desejo, e o antes planejado perde o sentido.

E da serie “males que vem para o bem”: O fato e que a procura ha de ser infinita e incessante, hei de nao me dar por saciada e querer sempre mais e mais retalhos de pensamentos alheios, hei de nao esgotar jamais essa fome de palavras.