Monday, October 10, 2016

A Volta

Cheguei na cidade como se eu nunca tivesse saído, os reencontros foram casuais como uma ida ao mercado. O caranguejo continua dormindo na mesma quina do banheiro e o esquilo solitário aqui do bosque deu mais uma clássica mijada direto do alto do pochote sobre a minha cabeça, com direito à três arremessos de amêndoa na minha direção, depois me olhou com descaso - ele já foi mais hospitaleiro. Alimento fruta às iguanas e ração aos cachorros perdidos que aparecem pela tarde, não rego as plantas porque em algum momento chove todo dia. No mais, fiz amigos novos já na minha primeira entrada no mar, meninos locais, pura-vida buena-onda e agora entro na água em bando com eles. Faço um funcional na praia com uma pessoal astral bem cedinho, surfo algumas vezes por dia e dou minha corrida quando a maré permite. Cozinho minha comida ou como casados de pescado por aí nas minhas idas e vindas na bicicleta vermelha. A casa da praia tem sempre música tocando, cheiro de café e fumaça branca, no momento falta água, mas isso é passageiro. Tenho feito tratamentos cosméticos com óleos e frutas e jogado linhaça e chia em tudo que é comida. Daqui a pouco tô dando nome aos macacos.