Tuesday, June 04, 2013

Ah Dois

Quando sua boca crava com força seus dentes na minha nuca deixando cicatriz de ímpeto inconsequente e sua mão imprime em vermelho seus dedos em meu quadril depois que bofetada não premeditada estala minha nádega na medida exata e treme tudo em mim que ainda se resguardava.
Quando seu cheiro entranha da ponta do meu nariz ao meu cabelo, todo meu diâmetro invadido sem parâmetro, cada molécula sua cavando terreno em minha pele, plantando ferormônio malandro que me enlaça em sua dança no decorrer arrastado do que vem depois da gente.
Quando sua língua quente lambe meus dentes, brinca com os cantos, corre mini montanhas e pequeninos vales sem pressa, me devassa frente e avesso e mergulhado dentre minhas pernas,
afogado em curvas e coxas, perdido na vastidão de cada detalhe, nada milhas em centímetros.
Quando teu corpo, devagar, entra todo delicadeza, e adentra de abrupto com firmeza o cerne do mais íntimo, e de repente, de relance, seu riso alcança meu olho bem ali em meio a gozo, extasiada, entrego as rédeas mais que antes e o tempo se desintegra em partículas meteóricas, pairando suspenso em universo paralelo à tudo o que não diz respeito à nós dois a dois.